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Dilma sem vergonha


Dilma, a gerente da indústria da seca, vale-se da pior seca dos últimos 50 anos para se reeleger.


Por Giulio Sanmartini

A atitude mais vil que possa ser tomada por um ser humano é o desfruto da desgraça alheia. Um exemplo emblemático dessa maldade vem do Nordeste brasileiro, com a chamada “indústria da seca”, que é um termo utilizado para designar a estratégia de alguns políticos que aproveitam a tragédia da seca nesta região para ganho próprio.

Os “industriais da seca” se utilizam da calamidade para conseguir mais verbas, incentivos fiscais, concessões de crédito e perdão de dívidas e votos eleitoreiros.

A Presidente Dilma Rousseff, nesse dia 2/4 foi ao Ceará e teve a vilania de valer-se da pior seca dos últimos 50 anos, em benefício de sua campanha eleitoral para a reeleição. Durante a 17ª reunião ordinária do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em Fortaleza, anunciando um pacote de R$ 9 bilhões com medidas para combater os efeitos da seca no Nordeste, ela descaradamente afirmou:

“No que refere-se à população, nós somos bem-sucedidos. Nós não vemos saque, não há nenhuma parte da população que nós saibamos que está passando por fome e tenha de fazer um conjunto de ações para preservar a sua própria sobrevivência(…) Conseguimos impedir que as populações aqui enfrentassem todas as perversas conseqüências que sempre vimos sendo retratadas na literatura, na prosa e no verso dos sanfoneiros.”

No mesmo dia o jornal O Povo (CE), publicava o artigo “Ceará suportaria uma seca até 2014?”, onde a realidade vai contra a afirmativa presidencial: “O que tinha em casa para o agricultor, a dona de casa e os 11 filhos beberem não chegava nem a três litros de água. Vianês Rodrigues, 54, abriu a geladeira enferrujada. Dividiam o espaço nas prateleiras duas garrafas com água pela metade e pedaços de pato cortado. Somente. O garrafão de água havia sido comprado há menos de quatro dias por R$ 2 e não deu pra quem quis. ‘Quando não tem dinheiro, o jeito é cozinhar com a água que vem pelos canos. É água grossa’, lamenta o agricultor. Seu Vianês colocou num copo a água. Era turva”.

Dilma Rousseff também não disse palavra sobre a tão festejada Transposição do Rio São Francisco, que de acordo com o governo federal, o projeto seria a solução para o grave problema da seca no Nordeste, pois distribuiria água a 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte – uma população de 12 milhões de nordestinos.

Ela, quando ministra-chefe da Casa Civil de Lula, coordenava o PAC, que tinha na transposição sua mais vistosa prioridade. Na campanha de 2010, a obra foi à vitrine como um grande feito do presidente-operário e da candidata-gestora.

Dezessete dias antes de passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula realizou uma viagem sentimental ao Nordeste. Vistoriou pela última vez as obras da transposição do Rio São Francisco. “Estou percebendo que a obra vai ser inaugurada definitivamente em 2012, a não ser que aconteça um dilúvio…” Mas não houve o dilúvio, e passados mais de dois anos, ninguém sabe quando essas obras serão concluídas.

Este é o retrato fiel do governo sob comando do PT desde 2003, onde somente duas coisas funcionam a pleno vapor: a incompetência e a corrupção.

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